Local: Maiorga - Alcobaça
Data do projecto: 2004
Obra em construção
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A concretização de uma construção actual, deve harmonizar-se com os edifícios existentes, mas deixando clara a sua contemporaneidade, evitando-se o “kitsch” entrincheirado ou o devaneio individual. Opta-se por técnicas tradicionais de construção, mas com possibilidade de recurso a técnicas modernas.
A parte de terreno agora livre, situa-se no canto em ângulo interior formado pela capela manuelina a igreja e o limite norte da propriedade. Na zona nascente, onde existe o antigo palco, que se mantém, o terreno alonga-se obliquamente à igreja, implantando-se aí a maior parte do programa proposto.
O edifício conforma um ângulo interior. O desenho passa então por resolver a transição entre os volumes formados pela igreja a sul e a capela do lado norte, e uma ligação conflituosa com o ângulo da propriedade formado no lado norte/nascente, onde se pretende a ligação com a zona dos escuteiros. Este conflitualidade interfere e transfere-se no desenho da fachada visível desde o largo a poente, servindo de ponto fulcral para a resolução do canto interior do edifício. Planos de alvenaria branca de 3 alturas, entrecortados por vãos, também conformando cantos de ligação entre a dominante branca, ora apoiada no solo, ora em consola prolongando-se até encontrar textura que lhe dá fim, sobrepondo-se sobre uma base transparente incolor e empedrada de calcário escovado, também ele quase branco. Considerações em antítese aos dois edifícios existentes, monoblocos autónomos, de cunhais fortes, estruturais na existência e estruturantes na forma maciça mas “extrovertida”, deixaram um vazio que é agora preenchido por um conjunto antitético mas “introvertido”, numa leitura positivo-cheio (existente)/negativo-vazio (proposto), com os seus cantos desistentes, recolhidos, planos sobrepostos, palas, platibandas, anti-dáctilos de um outro léxico.
O programa implanta-se nos dois pisos propostos, servidos por escada geral de público, sendo no piso térreo implantada arrecadação, bar, e salas de escuteiros. No piso 01, implanta-se auditório, salas de escuteiros e uma outra sala de actividades polivalente. As salas de escuteiros nos dois pisos têm a sua autonomia em relação ao restante programa, com acesso por escada independente, e com possibilidade de separar esta zona por porta no átrio de entrada no piso térreo. Esta escada dá ainda acesso ao terraço, exclusivamente pela zona dos escuteiros, onde procedam a actividades ao ar livre.
Diversas fases da obra
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